Em publicação no blog oficial da Microsoft, Tom Burt, vice-presidente corporativo de segurança e confiança do cliente da empresa, afirma que organizações esportivas e antidoping ligadas aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 estão na mira de hackers. E com financiamento do governo russo.

De acordo com Burt, o grupo conhecido como Fancy Bear mira a competição esportiva como forma de retaliação às penas aplicadas pelas agências antidoping a atletas russos, que participariam dos Jogos no ano que vem. Diversos esportistas do país foram banidos de competições internacionais em decorrência de casos comprovados de doping.

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Reprodução

Foto: Comitê Olímpico Internacional

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A Microsoft informa que, enquanto algumas tentativas de invasão tiveram sucesso, a maioria fracassou. Os ataques teriam começado no mês passado e usariam diferentes frentes, mas sempre com o objetivo de dificultar o trabalho dos especialistas ou impedir que as análises antidoping sejam realizadas.

O golpe mais utilizado pelo Fancy Bear é o phishing, em que endereços de e-mail falsos são enviados para roubar credenciais de acesso. Burt afirma que “pelo menos 16 organizações internacionais esportivas e de antidoping, em três continentes diferentes, foram miradas pelos ataques”.

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Existe também a suspeita de que o mesmo grupo seria responsável pelos ataques aos sistemas da Olimpíada de Inverno de 2018. À época, os hackers impediram o acesso de espectadores à cerimônia de abertura após os sistemas de validação de ingressos serem tirados do ar.

A Microsoft alerta que está prestando suporte às organizações para aprimorar os protocolos de proteção. Assim, uma eventual onda de ataques não terá resultados tão marcantes.

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Via: Microsoft