Para reduzir o mal estar que o calor proporciona nos lugares abertos, o Catar encontrou uma solução: implantar equipamentos de ar condicionado do lado de fora de estádios, restaurantes e shoppings.

Assim como outros vizinhos do Oriente Médio, o país enfrenta ondas de calor extremamente fortes. Decorrentes do aquecimento global e do aumento da urbanização em grandes cidades como Doha, as temperaturas altas já afetam a vida dos habitantes.

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Do lado de fora do estádio Al Janoub, repórteres do The Washington Post vivenciavam os 46,7ºC enquanto o especialista em ar condicionado Saud Ghani declarava que o ar parecia “como se Deus tivesse apontado um secador de cabelo gigante”.

Esta ‘solução’ é paliativa por ser parte de um ciclo vicioso: emissões de carbono criam o aquecimento global, que aumenta o desejo por ar condicionados, que por fim, cria a necessidade de queimar mais combustíveis que emitem mais dióxido de carbono (CO2).

Por enquanto, o Catar já é o maior emissor per capita de gases de efeito estufa, segundo o Banco Mundial – quase três vezes mais que os Estados Unidos e quase seis vezes mais que a China. Cerca de 60% da eletricidade do país é usada para refrigeração e, por outro lado, a demanda por ar condicionado responde por apenas 15% da demanda de eletricidade dos EUA e menos de 10% da da China ou da Índia.

Zeze Hausfather, cientista climático na Berkley Earth – um grupo de análises de temperatura sem fins lucrativos – afirma que as mudanças climáticas no Catar “podem nos dar uma noção do que o resto do mundo pode esperar se não realizarmos ações para reduzir nossas emissões de gases de efeito estufa”, afirmou. 

Via: The Washington Post

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