Um grupo de pesquisadores, patrocinado pela Agência Japonesa para Pesquisa e Desenvolvimento Médico, conseguiu desenvolver um substituto artificial para o sangue humano que, em teoria, poderia ser usado em pacientes independentemente de seu tipo sanguíneo.

Os pesquisadores desenvolveram vesículas de hemoglobina que podem armazenar e transportar oxigênio, principal função do sangue. Elas seriam misturadas a nanopartículas hemostáticas e plasma, e administradas aos pacientes que necessitam de transfusão.

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Para testar a eficácia da substância, os pesquisadores selecionaram 10 coelhos que sofreram hemorragia letal como consequência de uma lesão no fígado. Seis deles sobreviveram, uma taxa de sucesso equivalente à de uma transfusão tradicional.

A descoberta poderá salvar a vida de milhares de pacientes, que, todos os anos, morrem por falta de sangue do tipo correto em uma situação de emergência. Há quatro grupos sanguíneos principais (A, B, AB e O) e dois tipos de fatores RH possíveis (negativo e positivo), uma transfusão entre grupos ou fatores incompatíveis pode resultar na morte do paciente. A próxima etapa consistirá em testar a substancia em humanos. Mas os resultados da pesquisa já se mostram promissores.