Nesta quinta-feira (12), o Ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire disse não pode permitir a atuação da Libra em seu país. Ele teme a desestabilização do sistema financeiro global e se preocupa com possíveis abusos por parte do Facebook e problemas de soberania.

O Facebook anunciou em junho seus planos de lançar uma criptomoeda própria, mas o caminho para aprovação de seu uso não tem sido fácil. Reguladores do mundo inteiro temem as consequências que isso poderia trazer para o mercado financeiro.

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As críticas de Le Maire, portanto, são apenas as mais recentes de uma lista gigantesca. O G7, por exemplo, alertou em julho que não iria permitir a entrada da Libra no mercado até que todas preocupações regulatórias fossem resolvidas.

Em relação ao assunto, o chefe de políticas e comunicações da moeda do Facebook, Dante Disparte, disse que a empresa está disposta a trabalhar com autoridades regulatórias para inserir a Libra corretamente no mercado. “Os comentários de hoje do ministro da Economia e Finanças da França enfatizam ainda mais a importância de nosso trabalho contínuo com órgãos reguladores e lideranças em todo o mundo”, disse.

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Porém, na semana passada, a Suíça deu uma má notícia às autoridades do Facebook. O país europeu, onde está localizada a sede da Libra, informou que o sistema de pagamentos proposto pode enfrentar regras estritas que normalmente se aplicam aos bancos, além das leis rígidas contra a lavagem de dinheiro.

“A Libra também representa um risco sistêmico a partir do momento em que você tem dois bilhões de usuários. Qualquer quebra no funcionamento dessa moeda, no gerenciamento de suas reservas, pode criar uma perturbação financeira considerável ”, afirmou Le Maire.

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“Todas essas preocupações com a Libra são sérias. Por isso, quero dizer com muita clareza: nessas condições, não podemos autorizar o desenvolvimento da Libra em solo europeu. ”

Le Maire também entrou em contato com chefes do Banco Central Europeu sobre a criação de uma “moeda digital pública” sob a proteção das instituições financeiras internacionais.

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Via: Reuters