A Apple e a Foxconn violaram uma lei trabalhista chinesa ao utilizarem mais funcionários temporários que o permitido pela legislação em uma fábrica de iPhones. Conforme relatado por Mark Gurman, da Bloomberg, as duas empresas confirmaram a alegação.

A legislação trabalhista chinesa não permite que mais de 10% dos funcionários em fábricas, como a do iPhone em Zhengzhou, sejam temporários. Os trabalhadores temporários – também chamados de despachantes – não recebem benefícios em tempo integral como folga remunerada ou seguro de saúde.

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De acordo com a organização sem fins lucrativos, China Labor Watch, que divulgou o relatório inicial ao qual Apple e Foxconn responderam, 50% da força de trabalho empregada pela Apple e a Foxconn era temporária. No entanto, muitos eram estudantes, que agora retornaram à escola, reduzindo o número para 30%. O relatório também fez alegações sobre horário de trabalho e remuneração, mas a Apple nega isso.

A Apple lança regularmente relatórios descrevendo seus padrões, diretrizes e práticas para questões trabalhistas em sua linha de suprimentos, incluindo metas que pretende atingir e áreas que pretende melhorar. O relatório da China Labor Watch alegou que essas e outras descobertas violavam o código de conduta da Apple.

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De acordo com a Bloomberg, a Apple conduziu uma “investigação” e descobriu que a porcentagem de trabalhadores temporários “excedia nossos padrões” e prometeu trabalhar “em estreita colaboração com a Foxconn para resolver esse problema”. A reportagem também diz que a Foxconn realizou sua própria revisão operacional e chegou a resultados semelhantes.

A Foxconn também produz mercadorias para outros clientes, como a Amazon, e não é a primeira vez que a empresa sofre acusações. A China Labor Watch revelou o uso excessivo de funcionários temporários este ano nas produções da companhia de Jeff Bezos. A empresa foi abalada por outras controvérsias e alegações no passado; por exemplo, a Foxconn demitiu dois executivos depois que a China Labor Watch descobriu o uso excessivo de trabalhadores temporários na produção de oradores da Amazon.

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Via: Ars Technica