Nesta sexta-feira (6), Jair Bolsonaro assinou a medida provisória que cria a carteira estudantil digital, a qual permitirá o pagamento de meia entrada em eventos culturais.

O objetivo da iniciativa é esvaziar a carteirinha emitida atualmente por entidades estudantis, como é o caso da UNE (União Estudantil dos Estudantes), controlada pelo partido de oposição ao presidente – PcdoB.

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No início, a identidade digital será disponibilizada para estudantes do ensino superior. A previsão é que comecem a serem emitidas ainda em dezembro. A meta é que ela seja disponibilizada também para os demais graus até março.

O documento, que será gratuito, poderá ser obtido nas lojas oficiais do Google (Play Store) e da Apple (App Store). Estudantes que não possuem acesso à internet, poderão solicitar via agências da Caixa Econômica Federal.

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Em discurso, o presidente criticou as entidades estudantis que hoje emitem o documento e fez questão de criticar o ex-ministro da Educação Fernando Haddad. Para Bolsonaro, Haddad, no comando da pasta, criou divisões e castas no ensino superior ao ter ajudado a viabilizar a política de cotas raciais.

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“Essa medida ajuda para que certas pessoas não promovam o socialismo nas universidades. Nós temos de nos afastar dele”, afirmou.

O documento emitido atualmente, que garante a meia entrada em cinemas e espetáculos, é a principal fonte de renda de entidades estudantis. A UNE fica com 20% do valor (R$ 7), e a Ubes, com 25% (R$ 10,50).

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A criação da carteira de estudante digital foi iniciada pelo ex-presidente do Inep, Marcus Vinicius Rodrigues, quem elegeu uma das prioridades dos primeiros 100 dias de governo.

Via: Folha de S. Paulo/Destak