Pesquisadores criaram um microprocessador, no qual os transistores (dispositivo semicondutor usado para amplificar ou atenuar a intensidade da corrente elétrica em circuitos eletrônicos) são feitos com nanotubos de carbono, em vez de silício.

O protótipo foi divulgado na Nature, e embora ainda não seja tão rápido ou tão pequeno quanto os dispositivos comerciais de silício, futuramente ele pode dar origem a uma nova geração de eletrônicos mais rápidos e mais eficientes no consumo de energia.

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A principal parte de cada transistor é um componente semicondutor, tradicionalmente feito de silício. Os estados “ligado” e “desligado” de um transistor, onde a corrente está fluindo através do semicondutor ou não, codificam os 1s e 0s dos dados do computador (SN: 4/2/13). Segundo Max Shulaker, engenheiro elétrico do MIT, ao construir transistores de silício mais finos, eles costumavam obter ganhos exponenciais na computação a cada ano (…) agora os ganhos de desempenho começaram a estabilizar. Isso significa que os transistores de silício não podem ficar menores e mais eficientes do que já são.

Os nanotubos de carbono produzem melhores semicondutores, pois são finos e transportam bem a eletricidade. Shulaker afirma que, a princípio, esse modelo pode funcionar três vezes mais rápido e consumir cerca de um terço menos energia que seus antecessores.

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No entanto, o recém-criado microprocessador ainda não pode substituir chips de silício como a base da eletrônica moderna. Cada um tem cerca de um micrômetro de diâmetro, em comparação com os atuais transistores de silício com dezenas de nanômetros de diâmetro.

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Além disso, no protótipo, cada transistor de nanotubos de carbono pode ser ligado e desligado cerca de um milhão de vezes por segundo, enquanto os transistores de silício podem piscar bilhões de vezes por segundo. Hoje, a capacidade dos transistores de nanotubos é a mesma dos componentes de silício produzidos na década de 1980.

De acordo com Michael Arnold, cientista da Universidade de Wisconsin-Madison, que não está envolvido no trabalho, reduzir os transistores de nanotubos ajudaria a eletricidade a atravessá-los com menos resistência, permitindo que os dispositivos ligassem e desligassem mais rapidamente. Outra possibilidade, seria alinhar os nanotubos em paralelo para aumentar a corrente elétrica por meio dos transistores e aumentar a velocidade de processamento.

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Fonte: Science News