A indústria automotiva vem apostando em carros autônomos como a próxima grande inovação tecnológica que resolverá problemas da modernidade, mas você já parou para pensar quanto esses veículos irão durar? Pois John Rich, chefe de operações da Ford Autonomous Vehicles, revela que “o que menos me preocupa neste mundo a redução da demanda por carros”, porque “vamos exaurir e esmagar um carro a cada quatro anos neste negócio”.

Sim, um carro a cada quatro anos, uma vida extremamente curta se considerarmos a média de 12 anos de permanência de um americano com um veículo comum. 

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Portanto, qual a grande história por trás dos milhões investidos em carros autônomos? O TechCrunch conversou com John Rich sobre o negócio da Ford e forneceu algumas respostas. Primeiramente, o chefe de operações não quis estipular a distância que estes carros poderão percorrer a cada ano: “os veículos estão sendo projetados para utilização máxima”, imaginando um mundo nos quais estes veículos não perdem muito tempo estacionados como um carro convencional.

Na verdade, a Ford não está planejando vender estes automóveis ao público tão cedo. Em vez disso, planeja usar os carros em frotas autônomas que serão usadas como serviço por outras empresas, inclusive como veículos de entrega.

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O TechCrunch também perguntou se a previsão de Rich para a vida útil de carros autônomos está de acordo com a expectativa de que os veículos autônomos da Ford sejam alimentados por motores de combustão interna. Rich diz que a idéia é a transição para veículos elétricos a bateria (BEV), mas a Ford também precisa “encontrar o equilíbrio certo que ajudará a desenvolver um modelo de negócios viável e lucrativo. isso significa iniciar com os híbridos primeiro”.

Ele também está preocupado com a degradação da bateria, já que, apesar do carregamento diário ser necessário, ele pode estragar mais rapidamente. Quanto à poluição, a não emissão de gases por queima de combustível já ajuda, além disso de 80 a 86% das partes de um carro são recicláveis, o que significa que, mesmo com a curta vida, o ambiente pode não sofrer tanto.

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Via: TechCrunch