Uma equipe de pesquisadores da Stanford University e do National Accelerator Laboratory criou um revestimento que supera alguns dos maiores problemas das baterias de metal de lítio atuais. Hoje, esse tipo de bateria frequentemente desenvolve pequenas saliências semelhantes a tendões chamadas dendritos – o acúmulo de cristal líquido que pode crescer em toda a bateria – que podem perfurar a película protetora que separa as extremidades positivas e negativas, causando um curto circuito.

Em testes de laboratório, um novo revestimento prolongou significativamente a vida útil da bateria e a tornou também mais leve e segura. A equipe de Stanford e SLAC testou seu revestimento na extremidade carregada positivamente – chamada ânodo – de uma bateria de metal de lítio padrão, que é onde os dendritos normalmente se formam. Por fim, eles combinaram seus ânodos revestidos com outros componentes para criar uma bateria totalmente operacional. Depois de 160 ciclos, as células de metal de lítio ainda forneceram 85% da energia que fizeram no primeiro ciclo. 

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O novo revestimento evita a formação de dendritos criando uma rede de moléculas que fornecem íons de lítio carregados ao eletrodo uniformemente. Ele também evita reações químicas indesejadas típicas dessas baterias e também reduz o acúmulo de produtos químicos no ânodo, o que rapidamente destrói a capacidade da bateria de fornecer energia.

Qualquer dispositivo se beneficiaria de uma bateria mais leve e de maior capacidade, mas a tecnologia seria um divisor de águas especialmente para os veículos elétricos (EVs), como aponta o News Stanford. A equipe da pesquisa afirma que a maioria dos EVs gasta cerca de um quarto da capacidade da bateria carregando sua fonte de energia.

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O desafio agora é tirar a nova tecnologia do laboratório e levá-la para o campo. Notavelmente, a equipe de Stanford diz que a camada protetora só supera “alguns” problemas associados às baterias de metal de lítio.

Via: NewsStanford / Engadget