O Google Fotos é um serviço controverso quando se trata de privacidade. De um lado, a empresa oferece armazenamento ilimitado na nuvem para fotos e vídeos, mas do outro, usa essa base de dados para otimizar seus algoritmos de inteligência artificial. E mesmo que muitas instituições de proteção de dados estejam empenhadas em regulamentar este tipo de serviço, um juiz norte-americano pode ter criado um precedente perigoso no que toca à privacidade dos usuários do serviço.

Um juiz de Chicago rejeitou uma ação contra o Google, na qual a empresa era acusada de violar a privacidade dos usuários ao coletar dados biométricos sem autorização prévia no Google Fotos.

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Se você usa o Fotos, sabe que a gigante das buscas usa o reconhecimento facial para filtrar as pesquisas por pessoas e animais de estimação conhecidos, e associa nomes a rostos quando os usuários rotulam as fotos por conta própria.

A princípio, o fato do Google oferecer aos usuários a chance de rotular as fotos dá a falsa impressão de que existe uma preocupação com a privacidade das pessoas que aparecem nessas imagens. No entanto, quem é identificado nas fotos, necessariamente, não permitiu o vínculo do nome ao próprio rosto.

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A Lei de Privacidade das Informações Biométricas do estado de Illinois exige o consentimento para coletar dados identificadores pessoais, como o nome associado ao rosto, por exemplo. Contudo, o juiz considerou que não houveram “danos concretos” consequentes do uso do recurso de reconhecimento facial no Google Fotos.

De acordo com a agência de Reuters, a ação foi iniciada em março de 2016, e os autores pediam mais de 5 milhões de dólares coletivamente por conta das “centenas de milhares” de pessoas afetadas no estado de Illinois.

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