Deu ruim! Funcionários de um fornecedor da Samsung foram indiciados por suposto vazamento de tecnologia da tela edge OLED da gigante sul-coreana para a China.

Em 2014, a Samsung lançou a primeira versão da sua tela edge OLED com o Galaxy Note Edge. Depois disso, a empresa introduziu uma versão dual-edge nas séries Galaxy S e Note. Como resultado, hoje temos o display Infinity, apresentado pela primeira vez no Galaxy S8. E é exatamente essa tecnologia que foi supostamente roubada e vendida para uma empresa chinesa.

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Ao todo, 11 pessoas que trabalhavam em uma empresa que produzia equipamentos automatizados para criar telas para dispositivos móveis foram indiciados pelo vazamento da tecnologia de tela 3D em painéis edge OLED da Samsung. Três dos 11, incluindo o CEO da empresa, já foram presos e aguardam julgamento.

De acordo com os promotores do caso, o grupo formou uma empresa de fachada que recebia informações sobre a utilização destes equipamentos, bom como o desenho dos mesmos. Esses dados estavam disponíveis porque a empresa trabalhava em parceria com a Samsung. De posse destes documentos, a quadrilha vendia as informações para a China, o que rendeu 15,5 bilhões de won (aproximadamente 53 milhões de reais).

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Os promotores disseram também que a tecnologia vazada exigiu dos engenheiros da Samsung pelo menos seis anos de trabalho para ser desenvolvida, uma equipe de 38 pessoas e um investimento de 150 bilhões de won. Foi designada como uma tecnologia essencial para o país, e é protegida pelas leis de proteção de tecnologia industrial da Coréia do Sul.

A divisão de telas da Samsung é líder de mercado na produção de painéis OLED, controlando mais de 95% da quota de mercado global. Entre seus clientes estão, por exemplo, a Apple.

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Sinceramente, essa notícia não é uma surpresa, visto que o mercado de cópias de smartphones da China é conhecido no mundo todo. Agora resta saber o que mais pode ter sido vazado e, principalmente, para quais empresas.