O Facebook ainda está tentando se recuperar da crise de imagem causada por sua recém-descoberta política de relações públicas e já está no centro de mais uma polêmica. Dessa vez, foi descoberto que a rede social não conseguiu tirar do ar em tempo um anúncio de venda de uma adolescente.

O caso foi reportado pela Vice. Uma jovem de 16 anos foi anunciada na rede social e seria entregue como “noiva” a quem pagasse mais num leilão. O post foi feito em outubro e ficou no ar por tempo suficiente até que a jovem sudanesa fosse vendida para um empresário em troca de 530 cabeças de gado, três carros e US$ 10 mil.

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Segundo a reportagem da Vice, o anúncio do leilão da jovem foi publicado pela primeira vez no Facebook em 25 de outubro. A rede social, por sua vez, disse que ficou sabendo dele em 9 de novembro e o tirou do ar dentro de 24 horas. De acordo com a organização Plan International, este é o primeiro caso que se tem notícia de leilão de adolescentes através do Facebook.

A ONG britânica H4Human postou no Twitter uma imagem do anúncio que foi removido.

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Ativistas já suspeitam que o Facebook esteja sendo usado, cada vez mais, como mercado de escravos moderno. O casamento infantil é proibido por lei no Sudão do Sul, mas a prática ainda é comum na região. A organização Girls Not Brides estima que mais da metade das mulheres no país se casaram antes dos 18 anos.

“Qualquer forma de tráfico humano – seja por posts, páginas, anúncios ou grupos – não é permitida no Facebook”, disse a rede social em nota. “Removemos o post e desativamos permanentemente a conta da pessoa que postou isso no Facebook. Estamos sempre aprimorando os métodos que usamos para identificar conteúdo que viola nossas políticas, incluindo o aumento da nossa equipe de segurança para mais de 30 mil [pessoas].”

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