O megaempreendedor de tecnologia Elon Musk – CEO da Tesla e SpaceX, entre outros – não tem grandes esperanças quanto à possibilidade de que a humanidade consiga sobreviver aos robôs. Numa palestra a funcionários das empresas Neuralink e OpenAI, ele disse que “espera perder” a batalha pela criação de regulamentações para inteligências artificiais.

“Talvez haja uma chance de 5% a 10% de sucesso” na tarefa da humanidade de tornar a inteligência artificial segura, disse ele. Não é a primeira vez que ele se mostra pessimista quanto a isso. Ele já chegou a afirmar que a inteligência artificial representa uma ameaça maior à humanidade que a Coreia do Norte, e que ela pode levar os humanos a uma terceira guerra mundial.

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Assim se fala, assim se faz

Essa fala de Musk surgiu graças a um extenso perfil que a Rolling Stone publicou sobre o empreendedor na semana passada. No perfil, o site também ressalta que as duas empresas às quais Musk falou têm relação com a questão: a OpenAI busca desenvolver uma plataforma aberta, eficiente e amplamente regulada de inteligência artificial; a Neuralink, por sua vez, pretende criar uma interface entre as máquinas e o cérebro humano.

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Pode parecer que as duas empresas contrariam a ideia de Musk de proteger a humanidade contra a inteligência artificial. No entanto, é justamente o contrário. A OpenAI, por exemplo, pretende mostrar que uma plataforma aberta e regulada de inteligência artificial pode ser tão potente quanto qualquer outra. De fato, o sistema criado pela OpenAI consegue jogar DOTA2 melhor do que todos os profissionais do jogo.

A Neuralink, por sua vez, também tem o objetivo de proteger a humanidade da inteligência artificial por outros meios. Se o risco que a tecnologia apresenta é o de se tornar muito mais inteligente que humanos, a solução é permitir que os humanos se aproveitem dessa inteligência. Por isso, a empresa pretende criar uma maneira de conectar nossos cérebros a máquinas, para que a gente também possa aproveitar os benefícios da inteligência artificial.

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Como o The Next Web ressalta, essa está longe de ser a primeira declaração polêmica de Musk sobre o futuro da tecnologia. Ele já considerou também que a Tesla, sua empresa dedicado a carros elétricos inteligentes, passará a Apple em valor de mercado em 2025, que a humanidade pode estar vivendo em uma simulação de computadores e que os humanos podem tornar Marte um planeta habitável bombardeando-o com bombas nucleares.