A empresa de cyber segurança Bkav alega ter enganado o FaceID através de uma máscara. Com o telefone em mãos por menos de uma semana, a equipe vietnamita publicou um vídeo onde o sistema de reconhecimento facial da Apple é supostamente burlado pelo molde do rosto do dono do smartphone. A máscara usada utiliza técnicas de maquiagem e impressão 3D e convencional (2D) com um custo estimado em US$ 150 (pouco menos de R$ 500).

Em uma sessão de perguntas e respostas publicada em seu site, os membros da Bkav afirmam ter sido capazes de enganar o iPhone X por saber como a inteligência artificial da Apple funciona. Segundo a empresa, foram usados um molde do rosto feito em uma impressora 3D popular, um nariz em silicone feito a mão por um artista e as demais partes foram impressas em um equipamento convencional. A pele também foi feita a mão para enganar a computação da Apple.

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Ainda de acordo com a equipe, a produção da máscara 3D não foi nada difícil. O formato do rosto pode ser escaneado com um smartphone preparado para isso, como o Xperia XZ1, ou em uma sala com um scanner 3D. Além disso, como o nariz feito a mão não funcionava inicialmente, os vietnamitas alegam ter consertado por conta própria, o que fez com que o lado esquerdo ficasse com uma cor diferente. Ao fim, a máscara saiu por cerca de US$ 150 (aproximadamente R$ 500).

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A notícia de que o FaceID foi tão facilmente burlado chama a atenção, especialmente após a Apple dedicar parte da apresentação do iPhone X para dizer que trabalhou com criadores de máscaras profissionais para testar a eficácia da biometria facial. E tudo ocorreu rapidamente, já que a Bkav alega ter iniciado o desenvolvimento das máscaras logo após receber o telefone no último dia 5. Já o vídeo com a façanha foi publicado na sexta-feira, 10, ou seja, cinco dias após a chegada do smartphone.

Questionada sobre os detalhes técnicos para o desbloqueio do iPhone X, a Bkav alegou que ainda precisa aprofundar os estudos para divulga-los. Segundo a equipe, o vídeo foi publicado para como uma “Prova de Conceito” para comprovar as suspeitas do time de cyber segurança. A partir de agora, a intenção é analisar todos os problemas ligados à tecnologia do FaceID.

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Segundo a Bkav, os principais alvos de falsificação do FaceID tendem a ser os bilionários, líderes de grandes empresas e nações, agentes de órgãos governamentais, entre outros. Ou seja, usuários comuns não precisam se preocupar com invasões em seu iPhone X, que vai custar R$ 7 mil no Brasil. Desde 2008, a empresa defende que técnicas de reconhecimento facial não são uma forma segura de proteção para computadores e celulares.