O Pixel 2 divide com o iPhone X o posto de celular mais importante das últimas semanas. Não é à toa: o aparelho traz tudo o que há de mais novo no mercado de smartphones, uma câmera que impressiona e o Android em uma forma que só o Google consegue oferecer. E como todo aparelho relevante, o celular passou pelo tratamento do iFixit, que desmonta eletrônicos para avaliar seu índice de reparabilidade.

Querendo você consertar seu próprio celular ou não, as publicações do iFixit são interessantes para conhecermos os smartphones que usamos por dentro, o que costuma revelar algumas coisas interessantes sobre o processo de produção desses aparelhos.

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Uma dessas observações é o fato de que a entrada USB-C do celular foi encaixada diretamente em um circuito específico do Google, e não na placa-mãe. Isso é importante porque com a remoção da entrada de fones de ouvido, o desgaste do conector, que já é uma parte do smartphone que sofre bastante com desgaste, tende a dobrar. Se ele estivesse soldado à placa-mãe, o reparo precisaria trocar todo o componente, gerando altíssimos custos.

 

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O desmanche também permite ver de perto o primeiro chip produzido pelo próprio Google. Trata-se do Pixel Visual Core, destacado em rosa abaixo, que será usado para o processamento de imagens HDR+ no celular, mas ainda está inativo e só será ligado com a atualização 8.1 do Android. O componente também poderá ser aproveitado por aplicativos de outras empresas.

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Outra característica interessante do novo Pixel é que ele laterais sensíveis à pressão, o que significa que você pode dar um apertão no celular para abrir recursos como a Google Assistente. Dá para ver os componentes que permitem que esse recurso funcione na imagem abaixo.

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De um modo geral, o Pixel 2 XL tem um índice de reparabilidade razoável, com uma nota 6 em uma escala de 1 a 10. Foi uma regressão em relação ao Pixel de primeira geração, mas ainda é uma nota capaz de igualar o iPhone 8 e superar com folga o Galaxy Note 8 e Galaxy S8, com uma nota 4.

Como pontos positivos do Pixel 2 XL estão o fato de que a maioria dos componentes é modular, permitindo reparo de uma peça sem precisar mexer em outras. Além disso, a escolha dos parafusos também foi acertada, possibilitando abrir o aparelho com uma chave Philips comum, sem depender de ferramentas proprietárias. Do lado negativo, a bateria ficou mais difícil de remover e houve problemas para lidar com os cabos do display e com a armação intermediária do aparelho.