O mundo está cada vez mais conectado. Se antes os smartphones permitiam acessar a internet, hoje os dispositivos conectados, incluindo TVs, geladeiras e carros, já fazem parte do dia a dia. No entanto, a internet das coisas está se tornando alvo dos cibercriminosos.

Dados apresentados durante a 7ª Conferência Latino-americana de Analistas de Segurança da empresa Kaspersky mostram que os ataques registrados em maio de 2017 contra dispositivos IoT mais do que dobraram, quando comparados com o mesmo período do ano passado.

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Além disso, as 7.242 ameaças de 2017 são quase o dobro dos ataques registrados entre 2013 e 2016 (que somam cerca de 4.100 casos descobertos). O analista sênior de segurança da Kaspersky Roberto Martinez afirma que, apesar de os ataques hackers contra dispositivos da internet das coisas terem ganhando força a partir de 2016, as primeiras ameaças surgiram em 2008.

Além da questão de roubos de dados e espionagem, a maior preocupação com a internet das coisas é em relação à saúde. Estima-se que o setor de saúde invista US$ 410 bilhões em dispositivos e serviços conectados até 2022, o que deixa hospitais e pacientes vulneráveis. Recentemente, a Food and Drug Administration, uma espécie de Anvisa dos Estados Unidos, comunicou quase meio milhão de usuários de marcapassos conectados de que era necessário atualizar o sistema dos aparelhos, pois eles estavam vulneráveis a ataques hackers.