Uma equipe de pesquisadores da faculdade de engenharia da Drexel University, nos EUA, utilizou um material diferente para criar uma bateria de celular capaz de se carregar totalmente em questão de segundos. Essa agilidade de carregamento é possível graças a um material chamado MXine (pronunciado “emecsine”), que já estava sendo testado em outras aplicações.

Segundo o artigo publicado pelos pesquisadores, a MXine é um material altamente condutivo, o que permite que a eletricidade passe mais rapidamente por ela. Associando esse material a um novo design dos eletrodos (as partes das baterias onde a carga fica armazenada), os cientistas conseguiram criar baterias com capacidades semelhantes às dos celulares atuais, mas que se carregam muito mais rapidamente. Um vídeo sobre o material pode ser visto abaixo:

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Garagem de energia

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Para entender a novidade, uma maneira útil é imaginar que os eletrodos são como “estacionamento” de energia. Durante o processo de carregamento, os íons – que são as partículas que contêm energia – vão entrando nesse estacionamento e parando nas vagas disponíveis. Quando todas as vagas são ocupadas, a bateria fica totalmente carregada.

A pesquisa da Drexel University faz duas mudanças a esse “estacionamento” para melhorar as baterias. Primeiro, ela utiliza um desenho microporoso nos eletrodos que permite que o acesso dos íons às “vagas” seja mais rápido. Nas palavras da pesquisadora Maria Lukatskaya, que participou do estudo, essa estrutura resulta em “algo como íons chegando às vagas através de ‘estradas’ ultrarrápidas de muitas pistas em vez de ruas de uma pista só”.

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Isso também é possível graças ao uso da MXine para fazer a bateria. Como trata-se de um material altamente condutivo, ele permite que as partículas com carga elétrica se movam por ele de maneira muito mais rápida. O resultado, segundo o líder da pesquisa, Yuri Gogotsi, “vai nos levar a baterias de carros, laptops e celulares capazes de se carregar em velocidades muito maiores – segundos ou minutos em vez de horas”.

Disponibilidade

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De acordo com o The Next Web, os componentes com essa nova tecnologia ainda devem levar algum tempo para chegar ao mercado. O site estima que os primeiros celulares com essa tecnologia devem chegar ao mercado a partir de 2020. É possível que carros elétricos com baterias desse mesmo tipo cheguem ao mercado num prazo semelhante.