Steve Wozniak pode ter deixado a Apple no começo da década de 1980, mas seu nome continuará, por muitos anos, sendo lembrado como o do cofundador da empresa junto ao de Steve Jobs. Até por isso, toda vez que o ex-engenheiro dá algum palpite sobre o atual estado da companhia, sua opinião reverbera mundo afora.

Foi o que aconteceu nesta semana, durante um debate sobre inteligência artificial realizado em Dongguan, na província de Guangdong, na China. Wozniak, um dos convidados do evento, foi questionado sobre o posicionamento da Apple no mercado chinês, onde seus produtos perdem, em número de vendas, para os de várias concorrentes locais.

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“Na vida, eu não acredito em quantidade tanto quanto em qualidade”, disse Wozniak. “Então, você pode não ter uma grande parcela do mercado ou pode não ser o número um, mas você deve ter o melhor produto que poderia construir. E a Apple atende a esse requisito.”

Na China, assim como no Brasil, um iPhone custa muito mais caro do que um celular Android, o que explica o sucesso de marcas locais. E Wozniak concorda com essa ideia. Mas, segundo ele, a “qualidade” dos produtos da Maçã compensa o alto custo, e é também o que mantém a empresa como a mais valiosa do mundo e uma das que mais revertem lucro.

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“Os produtos da Apple são seguros. E os preços da Apple são extremamente altos. É uma aposta segura para muitas pessoas, e quando você ama a Apple, você está disposto a pagar tudo isso”, disse Wozniak, segundo o relato do jornal chinês South China Morning Post. Vale lembrar que alguns analistas preveem que o próximo iPhone pode custar mais de US$ 1.000 nos EUA, o mais caro já vendido pela Maçã.