Um levantamento feito pela empresa de pesquisa IDC deu novo fôlego à ideia de que o Windows Phone está morto. Segundo o IDC Worldwide Quarterly Mobile Phone Tracker, os dispositivos móveis com o sistema operacional da Microsoft representaram apenas 0,1% do total durante os primeiros três meses de 2017.

A própria IDC aponta para a “pouca esperança” da Microsoft no setor. De acordo com o estudo, “as vendas de Windows Phones continuam a cair, e a ausência de novos parceiros de hardware, apoio de desenvolvedores e entusiasmo pela plataforma não dão sinais imediatos de recuperação”. Ao longo de 2017, a empresa de pesquisa acredita que as vendas de Windows Phones ainda devem cair mais, somando 1,1 milhão de unidades no ano todo.

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Mesmo num prazo mais longo, a IDC não acredita num retorno do sistema: “A Microsoft ainda não se posicionou sobre um ataque estilo ‘Surface’ para o mercado de smartphones ou sobre um incentivo para que novas fabricantes adotem a plataforma, o que deixa poucas esperanças de que um retorno em grande escala aconteça nos próximos anos”.

Recentemente, a Microsoft deu outro indício de que não se importa muito com o seu próprio sistema mobile. Ela encerrou o suporte ao Windows Phone 8.1, uma versão do sistema que ainda era usada por quase 80% de sua base de usuários.

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Os outros sistemas

Como o MSPoweruser aponta, a divisão do mercado de celulares entre Android e iOS lembra agora a divisão do mercado de computadores entre Windows e Mac. Android e Windows têm muito mais usuários, mas os usuários dos sistemas da Apple costumam ser mais fidelizados e dispostos a gastar mais dinheiro em seus aparelhos.

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O sistema do Google responde por 85% dos dispositivos do mercado global de celulares, com a Apple ficando com 14,7% (os celulares que não pertencem aos três principais sistemas se encaixam na categoria “Outros” da pesquisa).

Uma tendência interessante notada pela IDC é que mesmo com o lançamento de cada vez mais celulares Android top de linha, o preço médio que os usuários da plataforma pagam pelos dispositivos vem caindo. Entre janeiro e março de 2017, a média ficou em US$ 220 (cerca de R$ 700). A empresa acredita que esse número cairá para US$ 198 (R$ 630 aproximadamente) até 2021, quando estima-se que serão vendidos 1,5 bilhão de celulares Android.

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Por sua vez, os aparelhos iOS devem vender 223,6 milhões de unidades em 2017, e esse número deve subir para 240,4 milhões em 2018 – mesmo com as vendas de iPhone em queda. Isso porque, segundo o estudo, boa parte dos clientes da empresa devem atualizar seus dispositivos entre esse ano e o próximo, e os lançamentos da Apple em 2017 devem trazer alguns novos clientes também.