A americana Patricia Dickson, professora na UCLA, acredita que foi a “musa inspiradora” para a assistente virtual Cortana. Segundo ela, há uma série de indícios que mostram que a assistente reflete suas preferências e personalidade. A inspiração teria surgido depois de um relacionamento passado entre a professora e Jason Jones, criador do game “Halo”.

Em 1992, quando Dickson tinha 18 anos, ela começou a conversar online com Jones, na época com 20 anos. O que unia os dois era o interesse pela mitologia grega. A garota se apaixonou, mas ele só queria amizade. Mesmo com a divergência, eles continuaram a sair juntos.

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Jones chegou a ler o diário da garota. “Ele queria saber tudo sobre mim”, conta Dickson, revelando que um amigo chegou a adverti-la de que o rapaz poderia simplesmente estar usando-a para ter ideias, o que, segundo a mulher, provou-se verdade.

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A professora afirma que pode listar as coisas que disse e mostrou para o desenvolvedor que aparecem no universo de “Halo”.

Uma noite, começaram a conversar sobre uma série de coisas que, segundo ela, foram incorporadas ao jogo. “Me senti usada. Eu dizia: ‘Pare de falar sobre videogame – quero ouvir que você quer namorar comigo’. Fiquei totalmente confusa.” Ela conta que Jones continuou perguntando coisas sobre o jogo, quando ela teve um ataque de pânico e saiu correndo.

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Em 2014, durante uma sessão de terapia, ela começou a lembrar dos fatos e chegou a mandar duas cartas para Jones. Ele não respondeu, mas, em comunicado ao jornal LA Times, Jones reconheceu a amizade com Patricia Dickson, porém negou a “inspiração”.

Dickson afirma que não está pedindo nada de Jones, mas quer chamar a atenção para uma doença chamada “amnésia dissociativa”, que faz com que a pessoa reprima determinadas memórias após passar por um trauma ou estresse. “Há pessoas que acham que memórias reprimidas não são coisas reais. Eu tenho um exemplo real e concreto, e sinto que devo dizer algo”, explica.

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