A missão do Facebook, desde sua fundação, tem sido bastante direta. “Tornar o mundo mais aberto e conectado”, sempre disse Mark Zuckerberg. Com 2 bilhões de usuários, não é possível falar que a empresa falhou em sua missão, mas o resultado disso não foi exatamente positivo, com o planeta cada vez mais dividido, com vários estudos apontando que a polarização foi agravada pela “bolha” criada pela rede social.

Vendo a situação, o executivo apresentou nesta quinta-feira, 22, uma nova missão para a rede social. Se praticamente todas as pessoas com acesso à internet já estão conectadas ao Facebook, a próxima parte é fazer com que elas se aproximem, em vez de se afastarem. Essa se tornou a proposta para os próximos 10 anos da companhia de Zuckerberg, com o lema oficial de “dar às pessoas o poder de construir comunidades e aproximar o mundo”.

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Para isso, a empresa quer começar de baixo, incentivando algumas das ações mais positivas na rede social, que comumente são encontradas dentro dos grupos do Facebook. O problema é que este recurso tão importante para milhões de usuários era bastante limitado pelas capacidades técnicas oferecidas pela rede social.

Com o anúncio desta quinta, o Facebook quer aumentar o número de usuários que participam do que a empresa chama de “Comunidades significativas”, que são aquelas que têm um impacto direto na vida cotidiana de pessoas, como, por exemplo, grupos de apoio a doenças e de apoio a vítimas de agressões domésticas. Atualmente, 100 milhões de usuários fazem parte de grupos assim, e o objetivo é que esse número cresça para 1 bilhão.

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Para isso, a rede social não só quer incentivar o surgimento de líderes para organizarem estes grupos, mas dar a eles uma vida mais fácil com novas ferramentas de análise de grupos. Com isso, será possível obter informações sobre quem são as pessoas que formam aquela comunidade e como elas estão usando a plataforma.

A rede social também vai facilitar a ação de moderação, com novas ferramentas para bloquear usuários nocivos ao bem-estar do grupo e limpar as suas ações, assim como organizar melhor as solicitações de entrada, que costuma ser uma das atividades que consomem mais tempo dos administradores. As ferramentas devem começar a ser distribuídas aos poucos para os usuários.