Depois que os robôs terminarem de roubar nossos empregos, eles também poderão beber nossas bebidas. Uma equipe de pesquisadores desenvolveu uma espécie de “língua artificial” especializada em diferenciar uísques. 

Essa “língua artificial” é, na verdade, um conjunto de soluções químicas, cada uma contendo um corante diferente. Quando uísque é adicionado a esses corantes, suas cores mudam levemente; com base nas mudanças de cores, os pesquisadores conseguem identificar o tipo da bebida – se ela é puro malte ou misturado, por quanto tempo foi envelhecida, entre outros detalhes. O sistema foi testado com 33 uísques diferentes, e conseguiu identificar cada um deles.

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Um dos pesquisadores, Uwe Bunz, disse ao Phys.org que o sistema realmente funciona como uma língua. “Nossa língua consiste em seis ou sete receptores (…) e eles são capazes de identificar alimentos pelas reações diferenciais desses elementos”, explica. No caso do sistema criado, “se você tiver três, quatro ou cinco elementos na ‘língua’, você recebe três, quatro ou cinco mudanças de intensidade diferentes, e essas mudanças de identidade formam um padrão” por meio do qual a bebida pode ser identificada.

Deixa eu provar isso aí

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Bunz acredita que o sistema “pode ser usado para detectar bebidas falsas”, segundo o New Scientist. “Se você comprar uma caixa de uísques caros, pode testar se eles realmente são o que você acredita”, comenta. Normalmente, o método usado para fazer testes desse tipo é a espectrografia de massa, mas o uso da “língua artificial” é mais rápido e barato do que esse outro processo.

Fora isso, eles acreditam que o procedimento que criaram possa ser refinado para se tornar capaz de identificar outros tipos de bebidas e drogas também. De acordo com o Engadget, o próximo objetivo dos pesquisadores é criar uma versão capaz de identificar vinhos tintos, mas ele também poderia ser usado para analisar drogas e remédios.