Na última terça-feira, 30, a Câmara dos Deputados instalou uma comissão especial para discutir a regulamentação de moedas virtuais e analisar a entrada da bitcoin e dos programas de milhagem aérea nas modalidades de pagamento reguladas pelo Banco Central.

De acordo com a Agência Câmara, o objetivo do Projeto de Lei 2.303-2015, de autoria do deputado Aureo (SD-RJ), é reduzir o risco da bitcoin contra a estabilidade financeira da economia, diminuir a possibilidade de a moeda ser usada para financiar atividades ilegais e proteger o consumidor de eventuais abusos.

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“O uso dessas moedas é uma coisa nova, a bitcoin ganhou força agora, tanto pelos ataques virtuais como por estar muito valorizada. Cada moeda vale cerca de R$ 10 mil, um dia com valorização de 8%, no outro de 4%, mas sempre crescente”, destacou o deputado.

Além disso, o relator da comissão especial, o deputado Expedito Netto (PSD-RO), ressalta que o fato de não precisar de um banco por trás das operações de compra e venda de moedas virtuais torna o processo perigoso.

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Para ele, além de esclarecer essas lacunas, a comissão também vai discutir como vai funcionar a arrecadação de impostos em relação a bitcoin. “Eu acredito que precisamos dar essa cobrança no Brasil. Este ano, por exemplo, quem declarou um capital de R$ 35 mil em bitcoins, o que equivale a 3,5 bitcoins, teve de declarar no Imposto de Renda”, explica.

O projeto também prevê a regulamentação das milhagens oferecidas por bandeiras de cartões de crédito e companhias áreas, que podem ser compreendidas como um tipo específico de moeda virtual.

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“O consumidor não pode ser surpreendido em ter milhagens em seu cartão e, de repente, esse valor expirar”, afirma o autor. Em diversos programas, o cliente pode trocar os pontos acumulados por produtos e passagens áreas, mas já existem sites especializados em compra e venda de milhagens.