Quando Mark Zuckerberg afirmou que sua meta para o ano de 2017 era “conhecer e conversar com o maior número de americanos possível”, muita gente especulou se a medida tinha fins políticos e se o CEO da rede social teria a intenção de se tornar presidente do país. Nesta semana, o executivo revelou em uma postagem qual é seu real propósito: encontrar maneiras de “fortalecer” a comunidade do Facebook.

“Acho que essa é uma área na qual o Facebook pode fazer a diferença. Alguns de vocês se perguntaram se esse desafio significa que estou concorrendo a cargos públicos. Eu não estou. Estou fazendo isso [as viagens e as visitas] para ter uma perspectiva mais ampla para garantir que estamos servindo nossa comunidade de quase 2 bilhões de pessoas no Facebook e fazendo o melhor trabalho para promover a igualdade de oportunidades na Chan Zuckerberg Initiative”, explica.

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A diferença, segundo Zuckerberg, está nos relacionamentos entre as pessoas, algo que a rede social poderia fortalecer. Para isso, o Facebook quer ajudar as pessoas a encontrarem amigos, mas também mentores.

“Há diversos modelos que podem funcionar. O Peace Corps, por exemplo, cria oportunidades nas quais as pessoas trocam informações sobre cultura e criam novos relacionamentos. Talvez possamos construir uma associação de paz digital. Outro modelo é o dos Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos, em que as pessoas que superam desafios se tornam mentoras para os outros, com a esperança de treiná-los para que um dia se tornem seus próprios mentores. Isso é algo que comecei a estudar recentemente e a trabalhar com as equipes do Facebook.”

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O poder das relações

Zuckerberg conta que as viagens têm ajudado a entender como as relações podem ajudar ou atrapalhar alguém. “Os nossos relacionamentos nos moldam mais do que pensamos – como consideramos as oportunidades, como processamos informações e como formamos hábitos”, garante o CEO. “Em um encontro com viciados em heroína, eles me disseram que o primeiro passo no combate ao vício é a desintoxicação, mas o segundo é conseguir novos amigos. Se você permanecer com as pessoas que usavam drogas com você, a garantia é de que haverá uma recaída”, afirma. O inverso também acontece.

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“Em Detroit, conheci líderes comunitários que transformaram um prédio abandonado em um lugar seguro onde as crianças podem ficar depois da escola. O fundador me disse: ‘Queremos que as crianças sejam capazes de pensar de novo, e isso virá do exemplo de homens e mulheres que se preocupam com o que fazem. Temos vizinhanças inteiras de crianças esperando que alguém lhes dê um senso de propósito'”, declara.

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