A Uber começou seus testes com carros autônomos há uma semana em São Francisco, na Califórnia. Pouco depois, o governo local mandou que a empresa interrompesse o projeto por falta de uma “licença especial”. A Uber ignorou a ordem e disse que continuaria o programa na cidade. Até agora.

Nesta quinta-feira, 22, a companhia confirmou que vai paralisar os testes com carros que dirigem sozinhos em São Francisco. O anúncio foi feito logo após um encontro entre executivos da Uber e representantes do Departamento de Veículos Motorizados (DMV, na sigla em inglês) da cidade.

Vídeo relacionado

“Nós interrompemos nosso programa de direção autônoma na Califórnia, já que o DMV decidiu revogar os registros dos nossos carros. Estamos agora em busca de outro lugar onde possamos redistribuir esses veículos”, declarou a Uber em comunicado enviado ao site TechCrunch.

O caso

publicidade

São Francisco foi a segunda cidade americana a receber os carros autônomos da Uber, no início de dezembro, após testes em Pittsburgh começarem em agosto. Ao pedir um carro, o usuário poderia ser levado por um Volvo X90 capaz de circular sem motorista.

O carro não andava vazio, porém. Por segurança – e por se tratar ainda de um programa piloto -, os veículos vinham com engenheiros da Uber sentados nos bancos de motorista, treinados para assumir o controle do carro a qualquer momento que fosse necessário.

publicidade

Mesmo assim, o governo da Califórnia não gostou da ideia. O DMV pediu que a Uber suspendesse o programa por acreditar que carros autônomos só podem circular no estado, transportando passageiros, se tiverem uma autorização especial. Não era nisso que a Uber acreditava, porém.

De acordo com a empresa, seus carros autônomos tinham motoristas humanos, o que reduzia os riscos aos passageiros. “Você não precisa usar um cinto se estiver usando um vestido”, explicou Antony Levandowski, vice-presidente de tecnologias avançadas da Uber. “Se você está dirigindo um carro, você não precisa de uma de autorização desse tipo.”

publicidade

A Uber parecia determinada a manter o programa apesar da proibição do governo, pelo menos até o anúncio desta quinta-feira. A empresa deve começar a procurar outra cidade que aceite os testes fora da Califórnia nos próximos dias.