A empresa subsidiária dos correios franceses DPDgroup anunciou recentemente que começará a realizar entregas por meio de drones. A empresa recebeu autorização da agência reguladora de aviação francesa para operar uma rota fixa de cerca de 15 quilômetros, ao longo dos quais os drones voarão semanalmente para realizar entregas.

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O drone voará entre as cidades de Saint-Maximin-La-Sainte-Beaume e Pourrières, na região de Provence, no sul da França. De início, ele entregará correspondência apenas para clientes não-residenciais, incluindo uma dúzia de empresas de tecnologia que têm sua sede na região. Essa será a primeira vez que uma agência federal de correios realiza entregas por drone.

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Segundo o DPDgroup, esse projeto é resultado de dois anos de trabalho em parceria com a empresa francesa de drones Atechsys. A primeira vitória aconteceu em setembro do ano passado, após mais de 600 horas de voos-teste, quando o drone da empresa conseguiu transportar uma carga de 1,5 kg por uma rota de 14 quilômetros.

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Especificações

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O primeiro “drone carteiro” com emprego regular do mundo é capaz de voar até 20 quilômetros de distância levando até dois quilos de carga. Ele tem um chassi de fibra de carbono e seis rotores capazes de fazê-lo se mover numa velocidade de até 30 quilômetros por hora.

Ele também possui equipamentos de conectividade e rastreamento que lhe permitem transmitir vídeo ao vivo continuamente enquanto trabalha. E mesmo que sofra algum percalço, ele e a carga que estiver levando devem ficar bem, já que o drone possui um sistema de paraquedas automático que é acidonado caso ele comece a cair.

Para a França, trata-se de uma vitória tanto de tecnologia quanto de regulamentação. Isso porque, embora a tecnologia para realizar entregas desse tipo já seja relativamente bem conhecida, ainda há uma série de obstáculos regulatórios a serem superados. Nos Estados Unidos, a Amazon vem testando drones desde março de 2015 e o Google, desde agosto de 2016. Testes semelhantes já estão sendo feitos também na Austrália. Como o correio francês é estatal, contudo, ele deve ter algumas vantagens em termos de regulação.

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