Muito aguardado, “The Last Guardian” não é o melhor jogo já feito para a atual geração e nem mesmo o melhor já produzido para PlayStation 4. No entanto, ele foge dos conceitos modernos – e repetitivos – dos jogos atuais e traz uma aventura sem precedentes para os gamers.

Confesso que não estava com grande expectativa sobre o jogo. Os trailers não me convenceram a ponto de apostar no game. Durante os testes, no entanto, isso mudou. O jogo é diferente.

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Ele é diferente porque não se assusta ao tentar ousar. A amizade entre o garoto e a fera é algo bonito e emocionante, mas que poderia ser melhor trabalhado no início do jogo. Um pouco mais de resistência das duas partes poderia deixar o enredo mais emocionante. Mas, tudo bem, vamos considerar que essa é uma daquelas amizades fáceis de fazer.

Fáceis são também os desafios do jogo. Você não vai perder horas pensando em como resolver algum puzzle para abrir uma porta ou levar um barril para Trico. Talvez, no máximo, alguns minutos. Dessa forma o jogo agrada quem não tem paciência para esse tipo de desafio e também o público mais jovem.

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O ponto alto é a humanização do protagonista. Ele sente medo, frio, desespero e amor. Sua movimentação também é brilhante, principalmente por seus tropeços, que foram muito bem produzidos. Os elementos visuais e a beleza do cenário também impressionam.

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Apesar de ser curto, o que já é ponto negativo, a aventura é bastante repetitiva em algumas partes centrais e não traz momentos cruciais suficientes para prender a atenção do jogador e fazer com que ele não queira desligar o videogame. A jogabilidade deixa a desejar, já que as viradas de câmeras por diversos momentos acabam cegando o jogador.

Trico também não é um dos personagens mais espertos e ter que repetir o mesmo comando diversas vezes não é algo lá tão divertido, mas é preciso considerar que isso possa ter sido feito de propósito para não tornar o animal um robô que obedece qualquer ordem automaticamente.

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Em suma, “The Last Guardian” não é um jogo espetacular, mas é um título que merece um lugar na prateleira de qualquer jogador de respeito. Ele inova, foge dos padrões e merece elogios por isso. Sua história cativante também gera reflexões sobre amizade e sacrifício. Vale a jogatina? Com certeza.