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“O homem é um microcosmo.”

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Demócrito (Filósofo grego, 460-370 a. C.)

Nas últimas décadas houve uma verdadeira explosão em inovações tecnológicas nas áreas de próteses e órgãos artificiais. É admirável podermos assistir uma Paralimpíada onde atletas demonstram habilidades incríveis em diferentes modalidades esportivas, alguns fazendo uso de protéses que nos impressionam pela forma que se adaptam aos seus corpos e movimentos. Vivemos a era do corpo plataforma, programável, aberto, cada vez mais aderente às novas tecnologias e materiais inteligentes.

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O barco de Teseu

O barco de Teseu é um famoso paradoxo. Imagine que sempre que uma peça do barco está velha ou estragada, ela é trocada por uma igual. Como Teseu e seus marinheiros viajam muito, chegará o dia em todas as peças já terão sido substituídas por novas. A questão filosófica, o paradoxo, é: Quando a última peça for trocada o barco ainda será o mesmo? Em que momento definimos que o barco passa a ser outro barco? Há 3.000 anos no Egito, próteses mecânicas eram comuns. Hoje, alguns pesquisadores já acreditam ser possível substituir até 50% do corpo humano por próteses e órgãos artificiais.

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Quem é você?

O paradoxo do barco de Teseu pode nos enganar quando refletimos sobre nosso corpo transformado em plataforma, em partes que podem ser substituídas, até na sua totalidade. A pergunta lógica seria: quando todo corpo for composto por próteses e órgãos artificiais, ainda seremos humanos? Ao contrário do que parece, o que nos define não é nosso corpo, um hardware, o que é tangível, mas algo mais sutil. Chame como quiser: consciência, emoções, espírito, atman… É isto que nos faz únicos, insubstituíveis e está fora do alcance da tecnologia.

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