O governo equatoriano confirmou a afirmação, feita pelo Wikileaks, de que havia cortado o acesso de Julian Assange à internet.

Em comunicado divulgado pelo jornalista Eric Geller, o Ministério das Relações Exteriores do país argumenta ter exercido seu “direito soberano” de restringir temporariamente o acesso de Assange para impedir que o ativista use mecanismos equatorianos para influenciar a eleição presidencial dos Estados Unidos.

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A decisão foi tomada porque o Wikileaks, ao qual Assange é ligado, vem divulgando informações que prejudicam a imagem da candidata Hillary Clinton. O Equador ressalta, porém, que “essa restrição temporária não impede a organização Wikileaks de continuar suas atividades jornalísticas”. O problema é apenas o envolvimento direto de Assange, já que ele está usando a infraestrutura equatoriana.

O ministério também informa que a medida não causará impactos na forma como Assange vem sendo tratado. Asilado em sua embaixada de Londres desde 2012, o ativista só sairá de lá de forma expontânea ou caso o governo britânico retire a ameaça de extraditá-lo. “A política internacional do Equador responde somente a decisões soberanas e não se curva a pressões de outros Estados”, afirma.

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