Aplicativos de transporte que atuam em São Paulo, como Uber e Cabify, estão preocupados com o funcionamento do serviço na cidade, com possíveis alterações no regulamento vigente e até com a possibilidade de proibição com o próximo prefeito. 

Três dos quatro principais candidados ao cargo já defenderam publicamente que deve haver mudanças nas regras aprovadas neste ano, por meio de um decreto editado pelo atual prefeito, Fernando Haddad. A principal regra é de uma cobrança de até R$ 0,10 por quilômetro das empresas que gerenciam os apps.

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Confira o que cada candidato defende com relação aos apps de transporte:

Celso Russomano
Russomano, do PRB, foi o primeiro candidato a se manifestar sobre os apps. No início da campanha, ele chegou a dizer que a Uber “está na ilegalidade”. Depois de uma repercussão negativa, ele negou a intenção de proibir o app e defendeu a sua regulamentação.

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João Doria
Segundo a equipe de Doria, do PSDB, líder nas pesquisas, o candidato é contra a redução de taxas aos taxistas em um momento onde a prefeitura enfrenta dificuldades financeiras. Ele também defende a regulamentação dos apps. “Os aplicativos, desde que regulamentados, podem operar. Não há razão para impedir a livre concorrência e gerar oportunidade de transporte com menor custo para a população”, afirma a equipe do candidato.

Marta Suplicy
Marta, do PMDB, quer evitar a concorrência predatória e afirmou que vai reduzir as taxas cobradas dos taxistas. Não se sabe se ela defende mudanças na regulamentação atual. “No meu governo, a Uber continuará gerando empregos e sendo mais uma opção para os passageiros. Mas, para que motoristas de táxi e Uber possam competir, eu vou retirar todas as taxas que a prefeitura cobra dos taxistas”, afirma a equipe da candidata.

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Especialistas no setor criticam a maneira como os candidatos abordam o tema. “Todo mundo está falando que é necessário regulamentar o Uber, mas eu não vi como até agora. A minha ideia, pessoal e particular, seria criar fatias de mercado. Então a prefeitura, que, teoricamente, é a dona dos alvarás dos táxis teria que ter uma parte do mercado… o resto seria iniciativa privada. Acho que está faltando um pouco de clareza na regulamentação, transparência”, afirma Paulo Bacaltchuck, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e especialista em engenharia de tráfego.

Via Reuters