A decisão de remover a entrada dos fones de ouvido no novo iPhone parece não ter agradado muita gente. Além de reclamações sobre o preço e a facilidade de perda, a obrigação de usar um dispositivo que só funciona com os produtos da Apple faz com algumas pessoas acreditem que há uma intenção oculta da empresa em restringir a venda de acessórios de outras companhias.

Confira 4 pistas apontadas por quem acredita nessa “teoria da conspiração”:

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1. A Apple já conta com um serviço de música com DRM (Digital Rights Management, uma espécie de “bloqueio” para que os arquivos não sejam reproduzidos em outros locais). A fabricante pode passar a fazer o mesmo com dispositivos de áudio.

2. A empresa conta com o programa Made For iPhone, que cobra de fabricantes de acessórios uma taxa para o uso do conector lightning, que conta com um chip de autenticação. Com a adição do conector para os fones, a empresa pode realizar o mesmo tipo de restrição, avisando, por exemplo, quando o acessório não for original.

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3. Se alguém fabricar um dispositivo falso que funcione, a companhia pode descobrir como desativá-lo em atualizações futuras de software.

4. O adaptador do novo fone não é passivo, ele requer suporte de software. Isso pode ser observado durante o evento de lançamento do iPhone. Ao tentar conectar o acessório em um iPhone 6S, uma mensagem avisou que o dispositivo não era suportado porque ainda não rodava o iOS 10. Na prática, isso significa que a Apple pode escolher com quais dispositivos o software será compatível.

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Como era de se esperar, a Apple nega que esteja trabalhando para bloquear as opções de seus consumidores. “A ideia de que há algum motivo oculto por trás deste movimento, ou que ele dará início a uma nova forma de gerenciamento de conteúdo simplesmente não é verdade. Estamos removendo o conector de áudio porque nós desenvolvemos uma maneira melhor para fornecer áudio Não tem nada a ver com gerenciamento de conteúdo ou DRM… Isso é teoria da conspiração pura, paranoia”, afirma o Phil Schiller, vice-presidente de marketing da Apple.

Via TheVerge