De acordo com um comunicado da Casa Branca, a Alphabet, empresa-mãe do Google, recebeu autorização do governo dos Estados Unidos para testar seus drones autônomos de entrega (chamados de “Project Wing”) no território do país. Os testes acontecerão em seis locais pré-aprovados pela autoridade federal de aviação local, a FAA.

O início dos testes, segundo o comunicado, é parte de uma iniciativa do governo dos EUA para alavancar as pesquisas e medidas de segurança em torno desse tipo de meio de transporte. De acordo com a Bloomberg, as leis atuais do país não prevêem voos comerciais feitos por aeronaves autônomas de entrega. Os testes realizados nos locais pré-aprovados servirão também para ajudar a embasar legislação futura sobre esse método de entrega de pacotes.

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Desafios

Alguns dos aspectos que mais preocupam as autoridades sobre os drones autônomos de entrega são a sua capacidade de voar além da linha de visão de um operador, e de se comunicar entre si para evitar colisões ou outros acidentes.

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Dave Vos, o diretor do Project Wing, disse à Bloomberg que os drones autônomos do Google serão equipados com emissores de rádio. Por meio deles, eles poderão comunicar sua posição a outras aeronaves e a operadores dos sistemas. A ideia de Vos é que todas as aeronaves tenham equipamentos desse tipo instalados até 2020.

Caso todos os drones tivessem esses emissores, seria possível elaborar toda uma rede de logística com aeronaves autônomas sem que elas se chocassem. Além disso, controladores de voo poderiam facilmente avaliar o tráfego de aeronaves e identificar problemas com agilidade.

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Expansão do uso

Entregas, no entanto, seriam apenas um primeiro passo para os drones após a elaboração de regulamentação mais precisa. Os legisladores também estão avaliando a possibilidade de usar as aeronaves autônomas para outras funções, tais como a pulverização de culturas em meios rurais. Isso permitiria que os drones fossem usados, por exemplo, para espalhar fertilizantes ou inseticidas em plantações de grandes medidas. 

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O Google, no entanto, não seria a única empresa a se beneficiar dessa regulamentação, segundo o The Verge. A Amazon também tem interesse em criar uma rede logística com drones nos Estados Unidos, e também poderia começar a operar no país com o avanço dos testes. No Reino Unido, a empresa já começou a testar frotas de drones com o mesmo objetivo de ajudar o governo local a regulamentar o funcionamento dessas aeronaves.