Pesquisadores do Instituto de Física Aplicada em Xangai, na China, pretendem construir usinas nucleares mais baratas e menos poluentes, usando um reator experimental que torna mais difícil a existência de um colapso. O objetivo é construir um reator de sal fundido que poderia substituir a tecnologia usada nas usinas nucleares até hoje. Na prática, isso significa mais segurança, energia mais limpa e mais barata, além de desacelerar as mudanças climáticas na Terra.

Pelo menos em teoria, este reator não gera o tipo de falha que aconteceu em Chernobyl e Fukushima. De acordo com os pesquisadores, as novas usinas devem resultam em pouco desperdício e pode até mesmo usar o lixo nuclear que geram.

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As primeiras experiências com reatores de sal fundido foram realizadas no Laboratório Nacional Oak Ridge, nos Estados Unidos, no final da década de 1950. “Este tem sido o sonho da China de meio século. Antes, não tínhamos o conhecimento e as habilidades necessárias para torná-lo uma realidade. Agora temos os recursos e a tecnologia e os conhecimentos. Agora nós podemos fazê-lo”, explica Xu Hongjie, diretor do projeto.

Como funciona?
Como em todas as usinas nucleares, os reatores de sal fundido “excitam” átomos de um material radioativo para gerar uma reação em cadeia controlada. A reação libera calor que ferve a água, criando vapor, o que aciona uma turbina para gerar eletricidade. Os reatores de combustível sólido arrefecido com sal fundido podem funcionar em temperaturas mais elevadas do que os reatores atuais, tornando-os mais eficientes e mais baratos.

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Os cientistas garantem ainda que eles devem reduzir drasticamente a quantidade de resíduos nucleares que devem ser manuseados e armazenados.

A expectativa da China é construir nas próximas duas décadas a maior indústria de energia nuclear do mundo, incluindo 30 novas usinas convencionais e uma série de reatores de última geração, como os de sal fundido e modelos refrigerados a sódio. O país quer se tornar o principal fornecedor mundial de reatores e componentes nucleares.

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Via Technology Review