A empresa chinesa Tencent divulgou hoje a compra da empresa finlandesa Supercell, produtora do jogo para smartphones Clash of Clans. A Tencent adquirirá um total de 84,3% das ações da Supercell por um valor aproximado de US$ 10,2 bilhões. A Supercell, desde sua criação em 2010, criou quatro jogos que são jogados por mais de 100 milhões de pessoas ao todo diariamente.

Com o acordo, a empresa chinesa se tornará dona de dois dos jogos que mais geram dinheiro no mundo. Além do Clash of Clans, a Tencent também é dona da empresa Riot Games, que produz o MOBA League of Legends. A compra da Riot Games pela Tencent foi finalizada em dezembro de 2015, por um valor não revelado.

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De acordo com o Engadget, a empresa também possui participação nos estúdios Activision Blizzard (responsável pela criação e gerenciamento de séries como World of Warcraft, Starcraft, Diablo, Call of Duty e outras) e Epic Games (conhecida pelas séries Gears of War e Unreal).

Concorrente do WhatsApp

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Esses investimentos, contudo, estão longe de ser o total dos ativos da Tencent. Além deles, a gigante chinesa também é dona do aplicativo de mensagens instantâneas WeChat, o mais popular da China e um concorrente direto do WhatsApp e do Facebook Messenger.

O WeChat está na frente dos aplicativos de conversa ocidentais em diversos critérios: ele já está na fase de gerar renda em cima do serviço de conversas, e oferece serviços de “bots” desde muito antes do Messenger pensar em criar esse recurso. O Olhar Digital já chegou a apontar uma clara vantagem para ele na comparação com o WhatsApp. 

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Embora o acordo faça da concorrente do WhatsApp “dona” da Supercell, as ações da Supercell não foram compradas diretamente da empresa finlandesa. A Tencent as adquiriu da empresa japonesa SoftBank, criadora do robô Pepper, que já é usado em diversos locais.

De acordo com o Wall Street Journal, a negociação é uma forma da SoftBank balancear suas finanças. A empresa japonesa comprou a operadora norteamericana de telecomunicações Sprint por US$ 22 bilhões em 2013, mas não conseguiu reverter o quadro de prejuízos da operadora. Além dessa venda, a japonesa também deve vender cerca de US$ 8 bilhões em participações na gigante chinesa Alibaba até o fim do ano.