O foguete Falcon 9 da SpaceX colocou em órbita hoje dois satélites. E embora essa missão tenha sido um sucesso, o retorno do Falcon 9 não foi tão feliz assim: o foguete, que estava programado para aterrisar em um navio autônomo, não conseguiu acertar o pouso e foi destruído.

Com esse acidente, a SpaceX interrompe a sua série de quatro pousos de foguete realizados com sucesso, tanto em terra firme quanto no navio autônomo. Dessa vez, no entanto, a equipe da empresa espacial teve dúvidas sobre a possibilidade de trazer o foguete de volta desde o início, já que ele levaria os satélites até a órbita de transferência geoestacionária, a mais de 35 quilômetros de altura.

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Após subir até essa altitude, o foguete consome boa parte do seu combustível, o que faz com que sobre pouco para a descida. Inicialmente, a equipe da SpaceX não sabia se o foguete estava inteiro após a re-entrada na órbita terrestre. Ele chegou a pousar no navio, mas em velocidade elevada, o que fez com que ele tremesse violentamente e interrompeu a transmissão de imagens. Momentos depois, uma engenheira da empresa informou que “a Falcon 9 foi perdida nessa tentativa”.

Causa dos problemas

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O CEO da SpaceX, Elon Musk, falou sobre o acidente no Twitter. Segundo ele, “a fase de subita e o lançamento dos satélites parecia bom, mas o foguete teve uma RUD na nave autônoma”. RUD, no caso, significa “rapid unscheduled disassembly”, ou “desmonte rápido não-programado” ou, em bom português, explosão.

Musk disse, no entanto, que o problema foi causado por falta de empuxo em um dos três motores principais do foguete, possivelmente por falta de combustível. Ele reconheceu que a espaçonave precisa de força total nos três motores principais para realizar esse tipo de pouso e disse que os engenheiros da SpaceX já estão trabalhando em maneiras de contornar esse problema. 

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Segundo Musk, o vídeo da tentativa de pouso deve ser lançado em breve, quando a empresa conseguir acessar a câmera do navio autônomo, que não foi danificado gravemente. A próxima missão da SpaceX está marcada para 16 de julho, e a empresa tentará mais uma vez trazer o foguete de volta para sua base terrestre em Cabo Canaveral, na Flórida.